Sobre "O Capital"
Vão dois mercados a andar na rua. Dois mercados. A andar. Na rua. Como quaisquer dois mercados normais. A andar na rua. Toc, toc, toc.
De repente, vêem, de pé, em cima de um caixote velho, um mercado alto e calvo, com uma barbicha afilada, fato coçado, a discursar para uma pequena multidão de mercados que o escutava atentamente, de punho esquerdo erguido no ar, enquanto entoavam baixinho a Internacional ("De pé, ó vítimas da fome / Não mais, não mais a servidão"). Um pequeno anjo alemão apoiava-o fisicamente e acenando positivamente a cada grito de ordem que ele exclamava:
"- E a propriedade dos meios de produção não será de apenas um mercado, mas de todos, será colectiva. Todos os mercados terão tudo e nada terão. Valorizaremos o trabalho de cada mercado, e instauraremos a ditadura do proletariado mercantil sobre a retórica imperialista dos mercados de capitais!"
Um dos mercados vira-se para o outro e diz:
"- Fogo! Parece que vem aí a revolução do Mercado Marxista!"
De repente, vêem, de pé, em cima de um caixote velho, um mercado alto e calvo, com uma barbicha afilada, fato coçado, a discursar para uma pequena multidão de mercados que o escutava atentamente, de punho esquerdo erguido no ar, enquanto entoavam baixinho a Internacional ("De pé, ó vítimas da fome / Não mais, não mais a servidão"). Um pequeno anjo alemão apoiava-o fisicamente e acenando positivamente a cada grito de ordem que ele exclamava:
"- E a propriedade dos meios de produção não será de apenas um mercado, mas de todos, será colectiva. Todos os mercados terão tudo e nada terão. Valorizaremos o trabalho de cada mercado, e instauraremos a ditadura do proletariado mercantil sobre a retórica imperialista dos mercados de capitais!"
Um dos mercados vira-se para o outro e diz:
"- Fogo! Parece que vem aí a revolução do Mercado Marxista!"
P.S.- Dão-se alvíssaras a quem perceber a do anjo...
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